14 de dezembro de 2012

Natal

A crise financeira no Brasil sempre existiu e existirá. A dosagem dela depende unicamente do espírito de ânimo de cada um. Os obstáculos que se apresentam nos primeiros momentos intransponíveis, tornam-se frágeis à medida que passamos a enfrentá-los.

Já tivemos momentos piores, basta olharmos para trás e verificar os períodos que passamos, desde a monarquia até a democracia. 

Não é de hoje que vimos o povo reclamar dos mesmos problemas, tais como: custo de vida, salários, crise econômica, outros, e apesar de tudo, a cada ano, crescemos e vamos projetando cada vez mais. 

Somos um país de jovens, quando não na idade, no espírito. 

A criatividade e adaptação imperam entre nós. Num dado momento o brasileiro está trabalhando numa indústria ou no comércio, no outro, desempregado, passa a conviver com as mais variadas ofertas de empregos, e serviços, bem diversos daquele em que estava adaptado, surgindo até novas opções, transformando-se em autônomo  podendo até a improvisar-se como sacoleiro e com isso driblar a crise. 

É um país maravilhoso, com um povo alegre, cheio de bondade, querendo a todo o custo transformar esta terra numa grande nação. 

Santa Catarina é o nosso orgulho, não só dos catarinenses, mas de todos os brasileiros. Nossas indústrias, comércios e prestações de serviços, colocam-se entre as primeiras. Produzimos e comercializamos, desde uma simples caixa de fósforos até as máquinas pesadas, suprindo nosso comércio interno e externo. Na agricultura somos privilegiados porque temos o melhor clima e plantamos todas as variedades de cereais e frutos. Estamos hoje explorando a todo o vapor esta nova indústria, a  do turismo, com nossas praias, fazendas rurais, águas termais, que atraem pessoas  até do exterior.

Diariamente chegam as nossas cidades turistas de todas as partes, procurando desfrutar desta boa acolhida que estão recebendo deste povo hospitaleiro, com seu comércio e fazendas rurais, com suas paisagens deslumbrantes e a tranquilidade da região. 

É nesta época, que as cidades tornam-se mais belas ainda, ficam todas faceiras se preparando para mais um Natal. O comércio, a indústria, as Prefeituras, Bombeiros, Polícias Militares, enfim, todos de mãos dadas com o povo, vão pintando as cidades com um colorido extraordinário.

A noite quando a  iluminação  é acesa, todos ficam maravilhados, olhando a grandeza do espírito de colaboração desta gente, que procura tornar o Natal uma festa inesquecível. 

Nesta hora a crise fica de lado, dando lugar a alegria, do pobre e do rico que juntos se encontram para se confraternizarem.

Trocam abraços e saudações, relembram os bons momentos que passaram juntos no ano de 2012, com a esperança de que no ano de 2013, surja repleto de felicidades, espantando definitivamente este espírito pessimista da crise, com o retorno dos bons tempos, com muita saúde e trabalho para que todos juntos possam se orgulhar desta grande nação.

Boas Festas

10 de dezembro de 2012

Neste natal e ano novo de 2013

Saia de casa só pelo gosto de caminhar.
Sorria para todos.
Faça um álbum de família.
Conte estrelas.
Telefone para seus amigos,
Diga ''gosto muito de você''!
Converse com Deus.
Volte a ser criança, Pule corda.
Apague de vez a palavra ''rancor''.
Diga ''sim''.
Dê uma boa risada!
Leia um livro.
Peça ajuda.
Corra.
Cumpra uma promessa.
Cante uma canção .
Ajude alguém doente.
Pule para se divertir.
Mude de penteado.
Seja disponível para escutar.
Deixe seu pensamento viajar.
Retribua um favor.
Termine aquele projeto.
Quebre uma rotina.
Tome um banho de espuma,
Escreva uma lista de coisas que lhe dão prazer.
Faça uma gentileza.
Escute os grilos.
Agradeça a Deus pelo Sol.
Aceite um elogio.
Perdoe-se.
Deixe que alguém cuide de você.
Demonstre que está feliz.
Faça alguma coisa que sempre desejou.
Toque a ponta dos pés.
Olhe com atenção uma flor.
Só por hoje evite dizer ''não posso''.
Cante no chuveiro.
Viva intensamente cada minuto de vida.
Inicie uma tradição familiar.
Faça um piquenique no quintal.
Não se preocupe.
Tenha coragem das pequenas coisas.
Afague uma criança.
Reveja fotos antigas.
Escute um amigo.
Feche os olhos e imagine as ondas do mar.
Brinque com seu mascote.
Permita-se brilhar. 
Torça pelo seu time.
Cumprimente um novo vizinho.
Compre um presente para você mesmo.
Mude alguma coisa.
Delegue tarefas.
Diga ''bem vindo!'' a quem chegou.
Permita que alguém o ajude.
A-gra-de-ça!
Saiba que não está só.
Decida-se a viver com ''paixão'',
sem ela, nada de grande se consegue.

5 de novembro de 2012

Dia do Radioamador

5 de Novembro ...

Natural da cidade de Porto Alegre, RS, nascido no ano de 1861, Padre Roberto Landell de Moura é considerado o “Patrono dos radioamadores brasileiros“. Polêmico e incompreendido em suas teorias e invenções, muito avançadas para o tempo, no setor de comunicações. Foi motivo de ser taxado de:  Padre feiticeiro, tendo como parte o diabo, e seu laboratório  invadido e destruído todos os aparelhos de pesquisa. 

Algumas teorias dele tornaram-se realidades, tais como: “Dai-me um movimento vibratório tão extenso quanto a distância que nos separa desses outros mundos que rolam sobre nossa cabeça, ou sob nossos pés, e eu farei chegar minha voz até lá .“ Hoje aí estão, as viagens interplanetárias para comprovação. 

Outras eram tão complexas que ainda no momento atual não temos resposta: “Tudo se resume em comprimentos de onda, portanto freqüências, que abalam  a matéria e por isso afirmo que a propagação, é proporcional ao abalo e à freqüência, portanto o cérebro humano pode gerar essas oscilações e serem transmitidas e captadas“. Referímo-nos evidentemente aos circuitos ressonantes gerados pelo cérebro humano, em parte hoje aceite, mas num estado primário do equilíbrio celular e cromossomáticos comandados por emissões cerebrais de freqüência desconhecida.

A primeira demonstração científica com sucesso, perante autoridades, na transmissão da voz a distância, sem fio por onda eletromagnética,  foi na cidade de São Paulo, em 1893, do alto da avenida Paulista para o Alto da Santana. Espaço este de 8 quilômetros em linha reta. Devemos levar em conta que esta data corresponde a dois anos antes de Guilherme Marconi também fazer a sua primeira demonstração.  Portanto, o pioneiro.

Além de ser um passatempo científico, possibilitando a comunicação com o mundo,  vários serviços valiosos a comunidade são prestados em casos de emergência, em operações de busca e salvamento, e várias  outras circunstâncias. Basta lembrar as duas enchentes de 1983 e 1984 em que as cidades serranas de Santa Catarina, Brasil, foram ponto importante de apoio nas comunicações.

O radioamadorismo é um meio de tomar conhecimento do mundo pelas ondas eletromagnéticas, sem sair de casa, através de um serviço de treinamento próprio, nas investigação técnicas das telecomunicações, levadas a afeito por pessoas devidamente habilitadas e autorizadas, a título pessoal, sem qualquer objetivo comercial. O  radioamador tem contribuído muito para o progresso e o bem estar da humanidade, através de inúmeras descobertas no campo das telecomunicações. Para ele não existe barreiras, é criativo, transmite a sua mensagem  nas mais adversas circunstâncias e  na falta da energia elétrica  faz uso de outros recursos,  não  permitindo a interrupção da comunicação.

Quando se fala em radioamadorismo o primeiro pensamento que vem é de que o uso venha a ser restrito apenas na transmissão da fala. Isto não é verdade. O radioamador está autorizado e faz uso também na   transmissão, além da fala (fonia), os sinais de: telegrafia, telex, televisão, sinais de comando e inúmeros outros que estão em disponibilidade nas comunicações. Sua estação de rádio tanto pode transmitir nas baixas freqüências, como nas altíssimas, tais como a microonda. Para se ter uma idéia, basta lembrar que desde 1942, o radioamador está autorizado a usar um sistema muito conhecido nos dias atuais : “Fac Simile“, mais comumente chamado de “Fax“. Em Lages, Santa Catarina, Brasil, no ano de 1985, foi instalado pelo radioamador, o primeiro sistema de “Auto Patch“ da região serrana, sistema este que permite ao radioamador comunicar-se, fixo, móvel ou portátil  via telefone e hoje num sistema mais atualizado, já em termos comerciais, conhecido por todos como: “Telefone Celular“. 

O primeiro radioamador que se tem notícia aqui na região serrana foi: Atanasio de Paula Barbosa e sua primeira transmissão deu-se em 24/04/1934 para o Rio de Janeiro relatando a sua chegada e condições do tempo encontrada. No decorrer do tempo seguiram-se outras personalidades ilustres, abnegados radioamadores  que além do seu lazer, dedicavam as transmissões radiofônicas  a  serviço da comunidade, e entre eles: João de Deus de Carvalho (Jojô), Galileu Amorim, Adelmar Braescher, João Buatim, Plátano Lenzi, Jorge Salim Chediac, José Pinto Sombra, Erick Paul Krugel, Wilson Vidal Antunes, Victor Alves de Brito, Ciro Antunes dos Santos, Laury Antunes dos Santos, Nicanor de Castro Arruda, Pedro Ernesto Rosar (Pita), Aldo Ramos Martins, Wilson Corbelini, Freitinhas, Euclides Matiolli, Janir Oening, Wolkmar Volniewisk, Herard Wolniewisk, Fernando Ben Hur Magoga, e tantos outros que no momento não vem a memória e que muito contribuiram para a expansão do  radioamadorismo, não só da região serrana mas em todo  o Brasil, merecedores que são desta homenagem no seu dia. 

1 de novembro de 2012

Pinheirinho

Era um verdadeiro paraíso aquele cantinho na volta do rio Carahá. A água era relativamente limpa, e a sua margem rodeada de arbustos e vimes. Na chegada do Pinheirinho, como era chamado o local, onde hoje situa-se o pontilhão do centro da cidade para UNIPLAC (Universidade do Planalto Catarinense), ali existia uma trilha com muitas árvores, alguns cipós bastante fortes, muito parecidos com aqueles do Tarzan e resistentes para a travessia no riacho pela garotada. E o mais importante é que ficava bem escondido, naquela selva infantil, longe dos olhares dos curiosos.

A roupa na chegada, era tirada e cuidadosamente guardada num lugar seco, para que não molhasse e fosse entregue o ouro para os bandidos, quando chegasse em casa. O calção para tomar banho do pessoal era dispensado. O traje da turma era ao natural, não tinha problema porque o local era vedado as meninas. Apesar da área aquática ser muito reduzida, nada impedia que desfrutassem dos belíssimos saltos ornamentais, com os galhos das árvores servindo de trampolim, bem como os recordes de natação nos cinco metros rasos. Tudo era alegria.

Grandes reuniões, com as estórias da semana, as trocas de figurinhas das balas Brasil, as brigas e façanhas extravagantes, as previsões do capítulo seguinte do seriado do Tom Mix, que passava todos os domingos à tarde no Carlos Gomes, e outras coisas mais. 

Havia também os heróis, como o magrinho Edemar, que numa tarde quando o Graciano nadava no estilo pregal, perdeu às forças e afundou no riacho, Edemar não contou tempo, deu um pontaço indo ao fundo trazendo-o puxado pelos cabelos. Belo gesto!

Apesar de todo cuidado que a garotada dispensava a seu recanto, para manter a sua privacidade, poderia sempre acontecer um imprevisto. Os motivos eram diversos: uma chuva de horas de duração, uma cobra querendo entrar nas brincadeiras ou o dono do terreno Sr. Vivino que não estava nada contente com os invasores de sua propriedade fazendo dela um clube de recreação e não perdia a oportunidade para afugentá-los com uma vara de vime na mão.

Não compartilhavam dessas férias coletivas, os pais da gurizada que se apavoravam só em pensar de que um dia eles pudessem estar tomando banho no riacho. Pior ainda, se eles descobrissem que além do mais, havia também a gazeta na escola da Dona Ida Schimidt.

Um dia é da caça e o outro do caçador, e este dia chegou. 

Seu Vivino teve o seu momento de glória, naquela bela tarde de segunda-feira, quando chegou sorrateiramente e apanhou todas as roupas dos banhistas e as levou embora. O Tuffi foi o primeiro a perceber a falta das roupas e dar o alarme. O Zé Pinga, Paulo Henrique, e o Manoel saíram gritando para a gurizada do ocorrido. 

E o que faremos? Perguntou o Paulo Henrique.

Pois eu tenho uma ideia respondeu o Tuffi, o capataz da chácara de meu pai, o Nego Lili, mora aqui bem perto e poderemos tentar falar com ele para nos ajudar. 

Truffi enrolou-se numas folhas de copo de leite e foi atrás do Lili que felizmente estava em casa e arrumou algumas roupas de seus filhos e filhas.

Chegar em casa, chegaram. Bem dispostos, porém não souberam explicar porque saíram com uma roupa e chegaram com outra, alguns de bombachas, saias, e outros até de blusa “tomara que caia“ ... 

A Galinhada do final de semana

A mocidade de Lages era muito criativa em suas aventuras, e uma delas, muito lembrada, era a da galinhada nos finais de semana, regada com muito vinho e estórias. Dividiam-se as tarefas na preparação. Uma equipe era destacada para a visita às residências dos companheiros, na observação dos galinheiros. A outra equipe preparava detalhadamente o plano de ação para captura das penosas. Era muito importante que os primeiros observadores ficassem bem atentos ao plantel para evitar os galos de 10 anos, comuns na época e difíceis para o preparo, fossem confundidos na hora da apanha.

A escolha das visitas aos galinheiros, na noite de sexta-feira, não foi difícil, e por unanimidade foi aprovada a residência do sr. Emiliano. O que pesou muito na escolha foi de terem constatado que naquela semana, o sr. Emiliano havia trazido do sítio umas galinhas crioulas, especiais para um bom ensopado.

A captura das penosas que anteriormente nunca havia tido problema, desta vez parecia estar tendo. Cizinho, o líder da incursão noturna ao galinheiro, quase desistiu. Havia sido alertado de que o cão de guarda estava do outro lado do terreno não tendo problema na operação. Só não o alertaram de que o sr. Emiliano havia trazido do sítio também um casal de gansos. E, foi aquele festival de barulho e por pouco não foi descoberto.

Naquela correria o pessoal da apanha, liderados pelo Cizinho, conseguiu a muito custo, levarem quatro penosas.
         
No sábado, durante o preparo do ensopado das galinhas, o assunto era um só: Os gansos! O sufoco  que a turma passou. 

Temos certeza de que o sr. Emiliano nos viu, pois percebi que a janela dos fundo da casa foi aberta e alguém gritou, disse o Luis Henrique.

É pura imaginação tua. Esfrie a cabeça. Na próxima, a turma de observadores terá mais cuidado. O importante agora é que ajudes o Estefano a cuidar do tempero da galinha que ele no sal, é mão pesada, resposta do Francisco para acalmar o pessoal.

Apesar do pequeno contratempo, a galinhada  realizou-se mais uma vez num alegre sábado, acompanhada das bebidas.

Na segunda-feira, como de costume, a turma se reuniu na frente do bar Marrocos, e ficou num bate papo descontraído, e ao mesmo tempo apreciando a passagem das lindas mocinhas, como se nada tivesse acontecido.             

Turma, olhe quem vem vindo! Disfarcem, olhem somente de “esgueio“, disse Estefano, já com o coração disparando.

Aparece a poucos metros deles, caminhando tranquilamente, como era seu costume pelas manhãs, o sr. Emiliano, dono do galinário. Esse passeio dele é diário, não há preocupação maior. Está tudo bem, vocês vão ver, palavras do  Cizinho para acalmar o pessoal.

Bom dia jovens. Como vão? Disse o sr. Emiliano ao passar pela turma, olhando atentamente.

Após alguns passos, o sr. Emiliano parou, como tivesse esquecido algo, e retornou até o pessoal que nesta altura dos acontecimentos estavam paralisados de medo.

O sr. Emiliano, dirigindo-se para o Cizinho, com aquela cordialidade que lhe era peculiar, tirou um documento do bolso do casaco e entregou dizendo:

Tenho a impressão que esta “carteira de estudante“ que achei hoje pela manhã no galinheiro de minha casa é tua. Guarde-a bem!

E, prosseguiu sua caminhada, desta vez com um sorriso triunfante. 

19 de setembro de 2012

Primeiro crediário

em Lages, Santa Catarina ...

Na década de cinquenta, não tínhamos muitas opções de diversão em nossa cidade. Eram as festinha particulares de aniversários, alguns poucos bailes, e a chegada em alguns bares para tomarem seus aperitivos, cervejas, sambas, cubas e outros bichos.

Em fim, a diversão para a garotada era muito pouca.

Mas, existia no bairro Cemitério, em nossa cidade de Lages, um estabelecimento de diversões chamado carinhosamente da “Casa da Mãezinha“. Dirigida pela proprietária Orgélia Oliveira. Alí residiam e trabalhavam as “mocinhas alegres da noite“.

O escape era uma chegada na “Casa da Mãezinha“ para divertirem-se com as alegres e lindas meninas da noite. Eram muito selecionadas, e isto a “Mãezinha“ primava muito.

Seus frequentadores nem sempre estavam preparados monetariamente e alguns recorriam a um pedido de fiado.
       
Naquela época a empresa “Carlos Hoepcke“, que situava-se aonde hoje é a agência do Bradesco, distribuía a seus cliente uma agenda  muito bonita, tipo de um caderno. Pois, bem, a “Mãezinha“ recebeu de brinde uma e passou a usá-la. 

Os lançamentos os fiados eram na base do lápis, não existia a caneta esferográfica. 

Já poderíamos considerar aí o “Primeiro Crediário Fiel“ que se tem notícia em nossa terra.

Os fiados eram lançados a lápis na caderneta com o nome do devedor e o prazo que o mesmo tinha para quitar a despesa . Era dado um prazo rigoroso, e quase improrrogável.

Nos finais de semana os respectivos devedores retornavam para quitar a prestação.

Alguns perguntam, e se não pagassem, o que aconteceria?

O deslocamento do pessoal da casa da “Mãezinha“ era feito por “carro de praça“ (atual táxi). 

Lá vinha ela e estacionava de fronte a casa do devedor para fazer a cobrança, junto aos pais ou parentes.

O susto que tinham com o movimento do carro de praça pelas ruas da cidade era muito grande. Alguns se jogavam no Rio Carahá com roupa e tudo.
   
Após a cobrança, a “Mãezinha“ passavam a borracha e dava espaço para outros futuro clientes.

Há pouco tempo atrás localizou-se um neto. Sempre muito gentil e ciente dos fatos. Da caderneta não teve mais noticias. 

Quem sabe algum devedor costumas ateou fogo, destruindo a história ...

Rodada das 11 horas

em Florianópolis, Santa Catarina ...

O inicio desta rodada de cafezinho, acredita-se que ela originou-se da necessidade de reencontrar velhos amigos de infância, de colégio, de festas etc ...

Diariamente, nas delícias do excelente cafezinho, bem preparado, do Lanche Riveira , no Beira Mar Shopping , os comentários  abordam muitas vezes para a crise atual, se é que ela existe. 

Na abertura os primeiros a chegar são geralmente: Harry Egon Krieger, Moacir Moraes Lima, Luis e Ernani Santiago, Jali Meirino, Rogerio Bertoncini, Danilo Lorival Schmidt, Luis Henrique Campos, Murilo Canto, Jaime Baião, Sergio Carriço, Rogerio Martorano, João Amilton Luz, Luis Filomeno, Carvalho, Ivo Sell, Danilo Motta, Paulo Studieck, Nalton V. Costa, Murilo Pirajá,  e aí por diante vão puxando a fila dos amigos e companheiros. 

Nada passa despercebido, são assuntos do cotidiano, a discussão política, as últimas notícias e as fofocas que correm pela praça.

Um dos pontos mais importantes da vida é a gente procurar sempre o que há de bom em tudo e em todos. Não devemos fazer dos defeitos uma distância, e sim uma aproximação

Devemos sempre aceitar as circunstâncias e as pessoas e fazer delas a razão de viver. Afinal, entender as pessoas que pensam diferente da gente é mostrar racionalidade vivencial. 

Nesse momento que acabou de passar você foi feliz? 

Então se anime e encontre-se com a vida, desfrutando-a apaixonadamente e com muita intensidade, independentemente da idade. 

Não tenha medo e nem culpa de sentir prazer. 

Mas a amizade verdadeira e sincera, é um dos sentimentos mais preciosos e importantes que existe na vida. 

Malba Tahan foi quem salientou isso, ao proferir que a amizade redobra as alegrias. A amizade é um raio de sol que ilumina a vida. Mas com o passar do tempo as pessoas vão entendendo, cada vez mais, que as situações vivenciais reais são bem diferentes das que se sonhava na juventude. Até porque, quando se é jovem, não se imagina o enfrentamento de situações contraditórias ou de decepção, seja no trabalho, na família ou até mesmo na fé. 

Assim, naturalmente, só o tempo é que nos ensina a respeitar a opinião dos outros, assim como nos sensibiliza a esquecer ofensas e nos estabelece uma certeza absoluta que é a de aprender sempre com os próprios erros. Aprende-se a dizer não quando é preciso, aprende-se que chorar não é vergonha, aprende-se a pedir perdão ou agradecer um favor e, acima de tudo, a reconhecer que o medo é uma sensação da vida e as fraquezas e carências são coisas consequentes. 

É neste período também que se reconhecem as próprias imperfeições e a se contentar com o que se tem sem se prender na inveja e na cobiça ao que não pode possuir. Só o tempo vivencial é que nos proporciona a lucidez de se distinguir os sonhos, separando-os dos que são possíveis por causa do próprio tempo, dentro de uma temporada onde a felicidade deve ser ilimitada.

Despachante Oficial de Trânsito em Santa Catarina

em 2012, 36 anos ...

No início dos anos de 1960, existia em Lages, Santa Catarina, numa pequena sala na rua Nereu Ramos, 63 (onde atualmente é o Banco Bamerindus), o “Escritório Trevo de Despachos“, de propriedade Darcy Lopes de Sá, que exercia a atividade de Despachante. Mais tarde foram surgindo outros escritórios nesta atividade.

Até junho de 1976, os intermediários que trabalhavam junto ao Trânsito, representando os interesses das pessoas que necessitavam dos serviços de emplacamentos, e licenciamentos, eram chamados de:  “Despachantes“. Era então, uma profissão marginalizada pelos Órgãos Governamentais e a própria sociedade que não levava muito a sério. E a partir desta data é que passaram a ser conhecidos como “Despachantes Oficiais de Trânsito“.

O Estado de Santa Catarina foi a pioneira na implantação na regulamentação da profissão de Despachante Oficiais de Trânsito.

O reconhecimento desta profissão, veio com o decreto estadual de nr.772 de 02 de junho de 1976, ato do governador Antônio Carlos Konder Reis.

Suas atividades passaram a ser regulamentadas, com seus direitos e obrigações, subordinadas e supervisionadas pelos Orgãos de Trânsito. 

São profissionais que possuem sua base alicerçada nos conhecimentos, e no manuseio adequado da documentação e os assuntos relativos ao trânsito.

No município de Lages, Santa Catarina, foi o primeiro a iniciar os trabalhos, dentro das normais legais do decreto nr. 772/76, do atendimento aos usuários dos serviços de trânsito, dando a tranqüilidade necessária que antes não era possível. Isso graças aos esforços das abnegadas autoridades de trânsito na época dos Doutores Heitor Santos Salomé Pereira e Mauro Dutra, e outras tantas pessoas que de uma maneira ou outra orientaram os primeiros passos desses profissionais, e que hoje lhes são agradecidos. Os usuários passaram a ter confiança em seus serviços, pois, agora tinham certeza que os mesmos estariam em mãos habilitadas e responsáveis. 

O credenciamento do despachante oficial é feito junto ao Detran, mediante provas de conhecimento e prática, obedecendo a proporção do número de veículos registrados no município para cada credencial. 
Na sua fundação, em 1976, foram credenciados no município de Lages, Santa Catarina, um número de 5 despachantes para 11.000 veículos. 

Durante este período, o profissional criou sua entidade de classe, a ADOPLAN - Associação dos Despachantes Oficiais de Transito do Planalto Serrano, responsáveis por uma geração de uma centena de empregos diretos, e um consumo em serviços de grande volume junto as gráficas e outros setores importantes no comércio e industrias. 

Neste ano em que os Despachantes Oficiais de Trânsito comemoram seus 36 anos de atividades, nada mais justo em prestarmos nossa homenagem e agradecimento por sua parcela significante junto ao desenvolvimento de nossa terra.


17 de setembro de 2012

Para as Mães, Pais e porque não ... Filhos

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença à vida. 

Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância.Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente. 

Um dia, sentam-se perto de você, no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode trocar as fraldas daquela criatura.  

Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? 

Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do Maternal?

A criança está crescendo num ritual de obediência  orgânica e desobediência civil. E você está ali, na porta da discoteca,  esperando que ela não apenas cresça, mas apareça. 

Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre  patins, com cabelos longos e soltos ou clones do Ronaldinho. 

Entre hamburgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua  geração: incômodas mochilas nos ombros. 

Ali estamos nós, com os cabelos  esbranquiçados. 

Estes são os filhos que conseguimos gerar e amar apesar dos golpes dos ventos,  das colheitas, das notícias e da ditadura das horas. 

E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam. 

Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos seus próprios filhos. Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do balé, do inglês, da natação e do judô. 

Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas. 

Deveríamos ter ido mais a cama deles, ao anoitecer, para ouvirmos sua alma  respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância e os adolescentes cobertores, daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores. 

Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping, não lhes demos suficientes hamburgueres cocas, não lhes compramos  todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. 

Eles crescem sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscinas e amiguinhos.  

Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. 

Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma e os primeiros namorados. 

Os pais ficam exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes". 

Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito  (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca da felicidade. E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é só esperar. 

Qualquer hora podem nos dar netos. 

O neto é a hora do carinho ainda guardado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isto os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar nosso afeto. Por isto é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.  

Assim vemos que só se aprende a ser filho depois que somos pais; só aprendemos a ser pais quando já somos avós... Enfim... só aprendemos a viver depois que temos muito pouca vida pela frente... 

Pense nisso! 
Acertando ou errando, importante na vida é o Presente!
Boa Passagem por este Mar Aberto.

14 de setembro de 2012